A transmissão do Big Brother Brasil 24 pode ter acabado, mas as suas repercussões continuam a reverberar nas redes sociais, especialmente em torno de marcas que surgiram como memes. Os dois casos destacados abaixo evidenciam como a cultura pop pode se transformar em arena para batalhas legais e comerciais.
“Brasil do Brasil”: O bordão que ecoou pela casa mais vigiada do país, na voz de Beatriz Reis, conquistou a audiência. A TV Globo, rápida em identificar oportunidades, buscou registrar a expressão no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para potencial uso comercial. Porém, um casal ativo nas redes sociais já havia submetido uma solicitação alguns dias antes. Ambos os pedidos estão em fase de “oposição”, na qual qualquer parte pode contestar a solicitação do outro, de modo que o desfecho ainda é incerto.
“Calabreso”: Um termo que surgiu de uma discussão no programa, usado por Davi Brito, gerou uma avalanche de memes e até mesmo interesse comercial. A ex-companheira do participante, Mani Reggo, inicialmente solicitou o registro da marca “Calabreso” perante o INPI, a fim de capitalizar a popularidade do termo originado no BBB24. Ocorre que Toninho Tornado, conhecido pelo uso do termo em seus vídeos de comédia, contestou a solicitação e reivindicou a autoria do bordão. Após uma série de negociações, Mani Reggo decidiu renunciar ao pedido de registro da marca.
Para empresas, influenciadores e criadores de conteúdo, garantir a proteção legal de suas criações e marcas não apenas proporciona segurança jurídica, mas também previne perdas financeiras decorrentes de eventuais conflitos legais. Em um cenário onde memes podem se tornar fenômenos culturais e econômicos da noite para o dia, é fundamental compreender os direitos e responsabilidades inerentes à propriedade intelectual. Isso permite que a inovação seja estimulada e protegida, sem comprometer a liberdade criativa.
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